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Festas do Espírito Santo

 

Jantar do Espirito Santo na Almagreira

O JP – Jornal do Pico que se publica na vila nortenha, apresentou-nos na sua edição, de 3 de Junho último, um excelente trabalho de reportagem, com a assinatura da excelente jornalista picoense Célia Machado, sobre as mordomias da Festa do Espírito Santo, em toda a ilha do Pico e enaltecendo alguns aspectos de pormenor, freguesia a freguesia, que muito ajudam a perceber-se as diferenças interiorizadas, à décadas, de lugar para lugar, tudo dentro da mesma ilha, o que é culturalmente notável e cujo rigor da pesquisa se enaltece.

Jantar na Almagreira, na Esplanada do primeiro piso

Com base nesse aturado e minucioso III Roteiro das Festas do Espírito Santo no Pico, algumas particularidades se podem apreciar e registar.

São 53 impérios e quase todos com jantares de sopas em louvor do Divino, com exceção da vila da Madalena na 3ª. Feira, que se realizam desde o próximo dia 11, sábado de Pentecostes, na Silveira, até 21 de Setembro o ultimo império de rosquilhas em São Mateus.

Salão da Almagreira

Na Piedade no domingo, segunda e trindade, e Santo António dos Fetais, sentar-se-ão à mesa dois mil convivas; com distribuição de bolos e rosquilhas nos Fetais; na Ribeirinha mil setecentos; na Calheta, mais de novecentos; em Santa Barbara, Santa Cruz das Ribeiras, Ribeira Grande e Pontas Negras serão três mil e duzentos; na Silveira e Almagreira, foram já mais de três mil até ao sábado, nas Lajes, Ribeira do Meio e na Silveira, mais três mil duzentos e cinquenta, até ao dia 29 de Junho, festa do império em honra de São Pedro, e em São João, concluindo o município das Lajes, sentar-se-ão à mesa dos mordomos, quinhentos convidados na Companhia de Baixo, no domingo, e setecentos na Companhia de Cima na terça feira. Nas Bandeiras, haverá jantar de sopas do espírito santo nos dois domingos, para duzentos convidados; no Valverde na 2ª feira, Sete Cidades, Cabo Branco e Valverde na Trindade, vão participar mil, setecentos e vinte pessoas; na Creação Velha, domingo e 2ª, novecentos e cinquenta; na Candelária, Campo Raso e Monte, oitocentos e trinta; em São Mateus no domingo e a três de Julho juntar-se-ão mil e cem convivas; e em São Caetano na 3ª feira e na Terra do Pão a 17 de Julho, juntar-se-ão oitocentos convidados. Já no concelho de São Roque, em Santa Luzia nos dois domingos haverá sopas para mil e cem pessoas; em Santo António e Santana também nos dois domingos sentar-se-ão quinhentos e cinquenta pessoas; na vila de São Roque, no domingo, 2ª feira no Cais e pela Trindade em S. Miguel Arcanjo, serão mil e setecentos convivas; na Prainha de Cima e na Prainha de Baixo, no domingo, 2ª, 3ª e na Trindade haverá sopas para duas mil, duzentos e cinquenta convivas; e em Santo Amaro, das freguesias menos populosas da ilha, no domingo, 2ª e na Trindade, haverá sopas do Espírito Santo para mil, quatrocentos e cinquenta convidados. Apenas por mera curiosidade e sabendo nós que ao longo do ano se pagam outras promessas deste género em louvor do Divino, como aconteceu recentemente em São Roque, com um jantar para mil pessoas, e comparando com a atual população residente, teremos ao todo em jantares do Espírito Santo no Pico: cinco mil e seiscentas participantes, para seis mil trezentos e oitenta e quatro residentes no concelho da Madalena; oito mil e cinquenta convivas, para três mil e novecentos e oito residentes no concelho de São Roque e quinze mil e oitocentos e oitenta convivas, para quatro mil e seiscentos e trinta e um residentes no concelho das Lajes. Convenhamos que para uma população residente tão reduzida, mas com indomável coragem, ergueram salões enormes para os rácios populacionais das respetivas comunidades, mas sempre com este espírito fraterno de sentar à mesma mesa, amigos, ricos ou pobres. Também por influência caritativa do Divino Espírito Santo, que é a força da fé dos cristãos e imbuídas dessa enorme devoção cristã, surgem muitas boas-vontades, ajuda desinteressada, muita entrega fraterna, tendo como resultado ultimo um saudável espírito de partilha e de solidariedade comunitária. Só assim se compreende a organização semanal dos jantares, durante as sete Domingas, na Silveira e Almagreira, de cinco em cinco anos, como aconteceu este ano e acontecerá igualmente nas Terras no próximo. Quanta labuta, mas também quanta alegria partilhada… bem patente nos milhares de bolos ou rosquilhas oferecidas em todos esses dias, a todos os que participam nos arraiais festivos em louvor do Divino. Mas antes, nos dias e semanas que antecedem o dia da Festa, em muitos lugares, como na Piedade, Ribeirinha e em São Roque, ainda se reza o terço do Espírito Santo, com intenções, cânticos e invocações centenárias…

Viva o Divino Espírito Santo!

 

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